sábado, 24 de julho de 2010
Encerrado para descanso do pessoal
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Não te preocupes J., amanhã dar-te-ei um presente mais aceitável, mesmo que tenha de passar o resto desta noite a vaguear pelas lojas de Londres, a recolher a simpatia das empregadas de pronto-a-vestir, acostumadas a reconhecer a angústia de um homem na véspera do aniversário da mulher.
(Aos meus amigos preocupados em ver-me fazer uma citação da Spectator, posso garantir que a mudança para o Reino Unido não me tornou conservador. Pelo contrário. Leio a revista por dever profissional e, confesso, também por prazer pessoal. Não há nada mais engraçado que ler sobre um mundo que julgava existir apenas nos romances vitorianos ou mesmo em livros de ficção científica.)
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Circle line
terça-feira, 13 de julho de 2010
Mille e tre
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Há longos períodos em que não me apetece escrever. Quando ouço alguém que diz que sente um impulso físico para a escrita, não sinto sequer inveja, apenas distanciamento e curiosidade, como se estivessem a dizer que são canhotos ou que conseguem tocar com a ponta do polegar no pulso, características que não possuo e me deixam indiferente. Rimbaud remeteu-se ao silêncio público muito novo, mas já tinha escrito o suficiente para uma vida. Eu vou interrompendo o silêncio de forma intermitente, quando quase toda a gente perdeu a esperança de ver aparecer uma data mais recente nos posts do blogue. Se querem saber o que fiz entretanto, basta consultarem o calendário do Mundial. Estive a torcer por equipas que foram sendo sucessivamente eliminadas e agora já só me restam os uruguaios. Também fui tendo tempo para me deitar na relva, de vez em quando, na parte de trás da nossa casa, enquanto os miúdos partilhavam a piscina insuflável dos vizinhos de baixo. Chegam-me notícias do calor em Lisboa, demasiado calor, dizem-me, como se me quisessem consolar.