terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Os encontros com antigos colegas de faculdade são sempre ocasiões para verificar como um grupo de pessoas que conviveu de forma intensa durante um curto espaço de tempo se dispersou depois em todas as direcções. É provável que na altura tenhamos falado sobre planos para o futuro, no terraço, com o som da música a sair pelas portas abertas da sala F, mas a realidade ultrapassou essas ficções. O M. explora petróleo na Sibéria, o D. está na Dinamarca, a E. na Bélgica e o A. aqui, como eu. A maioria continua em Portugal, onde é difícil ler um jornal, ver televisão ou ouvir rádio, sem ler, ver ou ouvir alguém conhecido. Uns escrevem sobre automóveis, outros sobre futebol, política, economia, história e até romances. Alguns, poucos, entraram na política. Uns casaram uns com os outros. A maioria permanece anónima e feliz. Lembrei-me disto porque fui surpreendido, quando assisti há pouco pela internet à cerimónia de entrada em vigor do Tratado de Lisboa, ao reconhecer a Ana em cima do palco a cantar as músicas do Rodrigo Leão. Apesar de não ter pertencido ao meu grupo de amigos mais próximo, na faculdade, lembro-me das poucas vezes que na altura a ouvi cantar, para espanto e êxtase colectivos. Julgava que ela escrevia sobre música e afinal são outras pessoas que escrevem sobre ela.
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1 comentário:
Uma das últimas vezes que a vi foi há anos num festival de Verão. Seguindo a sua sugestão, fomos ver uma banda que não conhecíamos. E foi assim que descobrimos os Placebo.
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