sábado, 20 de março de 2010
Hoje, pela segunda vez na vida, assisti a um filme em 3D. A primeira foi nos anos 80, quando fiquei a pé até mais tarde a ver O Monstro da Lagoa Negra na RTP. Eu e a minha irmã mais velha partilhámos o par de óculos de cartão que a minha mãe comprou na papelaria, mas não conseguímos ver absolutamente nada de extraordinário. Julgo que só tive um sentimento de anticlímax semelhante muitos anos mais tarde quando Portugal perdeu com a Grécia na final do Europeu. Mas a tecnologia (ao contrário da qualidade futebolística) melhorou bastante. Claro que fui apanhado de surpresa, porque não sabia que o Alice in Wonderland do Tim Burton era em 3D e que, por isso, teria de sentar-me numa sala de cinema ao lado de dezenas de outras pessoas de óculos escuros, como uma multidão de ressacados. Quanto ao filme, é uma espécie de Alice meets Senhor dos Anéis e Matrix. A Rainha de Copas cita Maquiavel: «É melhor ser-se temido do que amado», mas o final é bastante mais suave. Agora tenho de ir, estou muito atrasado, mesmo muito atrasado...
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