quarta-feira, 28 de abril de 2010
Ofereceram-me finalmente o 2666 do Roberto Bolaño. É o mais próximo que um objecto pode estar de incorporar o ideal romano de mente sã em corpo são. O cérebro vai acompanhando as aventuras de Pelletier, Espinoza, Morini e Norton, enquanto os bíceps vão ficando mais definidos por terem de suportar o peso de um livro de mais de mil páginas. Pesei-o na balança de cozinha: 1,292 Kg. Se fosse farinha, dava para três ou quatro bolos-rei. Na parte em que fiquei hoje, alguns dos personagens encontram-se num café pequenino de uma heterodoxa galeria que se dedica à exposição de quadros, mas também à venda de livros usados, de roupa usada e de sapatos usados, lugar de encontro em Hyde Park Gate. A rua fica relativamente próxima da minha casa e já tinha pensado escrever sobre ela, mas por motivos diferentes, que descreverei noutra altura. Um destes dias passo por lá para ver se a galeria é também ficcional.
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