domingo, 11 de abril de 2010

Viagem de estudo


Nenhum museu é feito para se ver numa tarde, especialmente o Britânico. Mesmo que estivesse vazio, o edifício, por si só, merecia ser visitado, pela feliz mistura de traços clássicos e contemporâneos. Depois de ver cinquenta múmias e três mil e quinhentos calhaus, já me apetecia encostar numa cariátide ou deitar-me num sarcófago, mas continuei a deambular pelas salas. Os britânicos sempre gostaram de trazer recordações das suas viagens de estudo pelo mundo e de trocar bens intangíveis, como o sistema representativo ou a arte de jogar cricket, por outros mais concretos, como esculturas e peças em bronze. Ainda tentei visitar a sala de leitura (agora remodelada), onde termina tragicamente o filme Blackmail, de Hithcock, mas estava encerrada. Regressei através de Covent Garden e do Soho e, já em casa, aproveitando que estou sozinho por uns dias, dediquei-me a uma actividade que se vai tornando muito rara: tomar um longo banho de imersão. Não fosse o eterno dilema de tentar, em vão, manter simultaneamente submersos os ombos e os joelhos, teria sido um bom final de fim-de-semana.

2 comentários:

larosita disse...

home alone é?! olha só que sorte!! :))

Cláudia disse...

É o meu museu preferido em Londres. Ás visitas guiadas, com temas, que duram uma hora valem mesmo a pena.