E começo-te a contar uma história verdadeira que fala dum homem que entrou numa biblioteca para ler um livro banal e só de lá saiu cinco anos mais tarde depois de ter lido todos os livros. A sua cama era um rectângulo de 1,85 por 1,25 formado pelos seguintes livros: Werther de Goethe, o manuscrito original em papel de bíblia das Confissões de Rousseau, um ensaio de um filósofo persa sobre as trovoadas, uma tradução chinesa dos Lusíadas, um livro de culinária duma cortesã romana sobre as mil e uma maneiras de preparar arroz, Madame Bovary (dormia com ela todas as noites) de Flaubert e Uns Subsídios para uma Monografia sobre o Cair da Chuva, de um célebre navegador espanhol do século XVI, serviam-lhe de cabeceira. Comia na própria biblioteca e aí fazia as necessidades por detrás duma prateleira onde estavam guardados os clássicos franceses.
* Num sentido metafórico, por falta de mais uma mão.
1 comentário:
lol! Pelo menos safaram-se Flaubert e Rousseau!!
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