segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Para a R., o A. e a I.

Por força das circunstâncias, a comunidade dos expatriados está mais predisposta a conhecer pessoas novas. Foi por isso que nos encontrámos, no passado fim-de-semana, sentados à mesa a almoçar e a conversar alegremente com uma portuguesa, um escocês, dois ou três búlgaros, uma austríaca e um inglês («and very proud of it.»), nenhum dos quais conhecíamos anteriormente. A única vaga ligação era uma amiga de uma amiga. Agora, espero, também nossa amiga. As crianças mais velhas subiam e desciam os degraus, saltavam em cima das almofadas e, as mais novas, simplesmente dormiam ou choravam no colo dos pais. Divertimo-nos. A nossa situação actual faz lembrar os tempos da faculdade, quando os estudantes de fora de Lisboa, com a liberdade de não possuirem ligações familiares a que voltar ao fim da noite, se reuniam nos grupos mais estranhos e interessantes. Nós esforçávamo-nos por acompanhar o ritmo e as actividades, mas inevitavelmente tínhamos de correr para apanhar o último comboio. Agora somos nós que vemos o comboio partir, ao longe, e continuamos a conversar.

2 comentários:

Ruy Ventura disse...

Tiago, satisfez-me muito encontrar o seu blogue. Gostaria de saber onde posso encontrar os seus livros, pois abriram-me o apetite os poemas com que foi meu vizinho na antologia "Anos 90 e Agora".
Cumprimentos
Ruy Ventura
ventura.1973@gmail.com

CC disse...

Adorei a comparação, Tiago. E que bom que deve ser ver o comboio partir e continuar à conversa. E vivam os expatriados! Beijinhos.